05 novembro 2005
«De diminutas proporções, construídas de madeira sem pintura, com um único andar ao rés-do-chão ou com dois andares, telhados cobertos de pesadas telhas negras, ou de palha nas aldeias, amplas aberturas à guisa de janelas resguardadas por caixilhos em xadrez, sobre que se cola papel branco, fechadas de noite por uma espécie de taipais (…).»
(Wenceslau de Moraes, Relance da Alma Japonesa, 1926, p. 70 da edição Vega de 1999)
«Penetremos numa casa japonesa deixando à porta os sapatos. O sobrado, que se eleva cerca de meio metro sobre o solo, é invariavelmente revestido de esteiras, pequenas esteiras, ajustadas umas de encontro às outras, espessas e fofas. (…) Pode dizer-se que, na habitação japonesa, o principal luxo, muitas vezes o único, é a limpeza. (…) Mobília, no sentido que lhe damos, nós da Europa, quase que não existe, ou não existe.»
(Wenceslau de Moraes, Relance da Alma Japonesa, 1926, p. 71 da edição Vega de 1999)
(Wenceslau de Moraes, Relance da Alma Japonesa, 1926, p. 71 da edição Vega de 1999)